14/07/2008

CINEMA MUDO

Nosferatu
(Nosferatu, eine symphonie des grauens, 1922 - Murnau)


Venho outra vez falar de filme do cinema mudo. É minha paixão, acho que por filmes foi minha primeira, lá na infância. Nosferatu foi meu primeiro, não só mudo como de terror.

Este na minha opinião um dos melhores filmes de vampiro de todos os tempos, outro representante do expressionismo alemão, cuja adaptação do livro de Bram Stocker, quase se perdeu, por não ter sido autorizado pela viúva de Stocker. Virou um clássico e fora da Alemanha várias cópias foram trabalhadas continuamente, inclusive com legendas como por exemplo o lançamento do DVD pela Continental e que bem provável não seja fiel à obra original de Murnau. Mas...
A figura de Max Schreck como o conde Orlock é inesquecível pra mim, me amarrei desde sempre. Hoje ainda o vejo como o melhor dos vampiros de todos os tempos, sua performance é impecável e imitada pelos sucessores, no meu ver, até hoje. Orlock causa repulsa e medo, mas provoca em determinadas cenas um sentimento de pena e que logo depois se transforma num verdadeiro parasita repugnante.
Em 1979 Werner Herzog refilmou como Nosferatu, o vampiro, com Klauss Kinski e A Sombra de um vampiro em 2000, também foi inspirado na obra, cuja a interpretação que Willem Dafoe faz é do ator Max Schreck, muito boa por sinal, que questiona a pessoa dele enquanto ator de filmes de terror e se ele poderia ser na realidade um vampiro de verdade. Um filme interessante pra ser visto também.