CALLAS
Callas Forever, 2000, Franco Zeffirelli
elenco: Fanny Ardant (Maria Callas), Jeremy Irons (Larry Kelly), Joan Plowright (Sara), Jay Rondan (Michael)
Este filme foi uma homenagem à grande cantora Maria Callas por parte de Franco Zeffirelli, que era seu amigo particular de tantos assim como colega de trabalho, dirigindo-a em inúmeras ocasiões. Não se trata de um filme biográfico, mas seria fruto tanto da fantasia dele como das lembranças desta sua amizade de longa data. Logo após a morte de Callas, Zeffirelli foi convidado a realizar um filme biográfico sobre ela, tanto pela Columbia, quanto pela Paramount, mas parece que o que queriam era algo sobre os Vips e fofocas. Assim, recusou ambos. Para ele não teria sentido contar a estória de sua vida infeliz com o marido, a época terrível com sua família e seu caso com Onássis. Não sentiu o menor interesse de remoer os detalhes sórdidos de sua vida. Também, segundo ele, não havia nenhuma atriz capaz de interpretá-la e pede desculpas às atrizes Merryl Streep, Angelica Huston e Glenn Close. Depois de tantos anos após a morte de Callas, numa época em que as novas gerações não tiveram a oportunidade de conhecer Callas, Zeffirelli achou mais fácil contar sua estória, que mesmo fictícia tem muito de verdade sobre ela.
Linda, "Chic", dona de uma das vozes consideradas a "voz do século", dona de uma personalidade fortíssima (será esta a marca de uma Diva?).
MARIA CALLAS (1923-1977) , nasceu nos Estados Unidos, de família grega, se naturalizou italiana. Seu verdadeiro nome era Anna Cecília Sofía Kalogeropoulos. Aos 15 anos já fez sucesso em Verona com sua interpretação na Ópera La Gioconda de Pochielli e depois disto outros triunfos em todos os teatros da Itália. Seu repertório era amplo, o que pode se ver em sua discografia. Possuia também uma característica muito marcante para a dramaticidade, o que a transformou em Prima-dona (assim em Norma de Bellini ou como Medéia de Pasolini). Sua vida pessoal foi tão intensa quanto sua carreira. No ápice de sua fama, foi amante de Aristóteles Onássis. Depos de 10 anos, ele a abandonou subitamente para se casar com Jacqueline Kennedy. Isto a fez sofrer muito e 3 anos mais tarde, sozinha em seu apartameto em Paris, morre de um ataque cardíaco.
O Filme
percorre o momento de vida que Callas estava reclusa em seu apartamento em Paris, longe há muito dos palcos, então com 53 anos de idade. Recebe a visita do empresário e amigo Larry (Jeromy Irons). Ela não quer recebê-lo, mas ele insiste e assombra-se com a figura à sua frente. De roupão e abatida, sua velha amiga é uma sombra fantasmagórica do que foi a grandiosa cantora lírica Maria Callas. Determinado a tirar a amiga do seu exílio, quer ajudá-la a encontrar um novo horizonte. Ele propõe que Callas faça um especial para a TV, interpretando uma de suas peças de grande sucesso no passado. Mas, ao invés de utilizar sua atual voz, que está desgastada pelo tempo, o produtor quer utlizar a dublagem de um de seus discos. Relutante mas atraída pela oportunidade de redescobrir sua vida, Maria Callas passa uma noite em claro em que se debate entre o sucesso que tanto amava e o fracasso com que encerrou sua carreira. Num vislumbre de sua personagem, porém Maria Callas decide aceitar o desafio e se entrega a um dos epísódios mais marcantes de sua estória.
Callas Forever apresenta de maneira brilhante os vários trechos de óperas famosas, assim como as interpretações de alto nível como no caso de Fanny Ardant no difícil papel de Callas.
Segue um video com os slides de suas fotos com a Ópera Casta Diva, cuja qual encerra o filme. Sua voz é realmente algo que nos eleva.