01/06/2008

FILMES E QUADRINHOS


IMMORTEL (ad vitam)
França, 2004

elenco : Linda Hardy, Yann Collette, Thomas Kretschmann, Frederic Pierrot e Charlotte Rampling

Filme dirigido e escrito por Enki Bilal, nascido em Belgrado, capital da antiga Iugoslávia, hoje Sérvia. Depois de estabelecer uma aclamada carreira nos quadrinhos, na Europa, com obras como a trilogia Nikopol, A Cidade Que Nunca Existiu e Exterminador 17, o autor se envolveu com o cinema. Este é o 3º filme do autor, com uma verba mais relevante pra produção.

Dos quadrinhos de Bilal, pode-se ver o universo caótico e fantástico de seus quadrinhos em imagens quase reais, graças aos efeitos de 3 dimensões, feitos em CGI. Contou, para a criação deste filme, com a participação de Serge Lehman (http://sf.emse.fr/AUTHORS/SLEHMAN/sle.html), escritor de ficção científica.

Bilal segue uma linha de ficção em suas obras, misturando destruição com algumas pitadas de humor, mesmo nos momentos mais trágicos da estória, usando por vezes cores frias para aumentar ainda mais o suspense.

Immortel é um filme para adultos, baseado em dois álbuns de quadrinhos de Enki Bilal: La Foire aux Immortels (A feira dos Imortais, pela Editora Meribérica) e La Femme Piège (A mulher Enigma, pela editora Martins Fontes), ambos fazem parte da trilogia Nikopol publicada pela Les Humanoïdes Associés.






O filme se passa na Nova York de 2095, quando o deus egípcio Horus volta a se ocupar de um mundo profano que ele criou, onde co-habitam mutantes e seres criados pela bioengenharia. O personagem de Horus coube ao ator Thomas Pollard, pouco identificável por conta dos efeitos do filme. Há uma estranha pirâmide voadora, que paira nos céus de Manhatan. Os deuses condenaram Hórus por traição e lhe concederam sete dias de liberdade antes de lhe retirarem a sua imortalidade. Jill, uma mulher de cabelos e lágrimas azuis, que procura compreender a sua própria origem, mas não é a única interessada na sua fisionomia única e nos poderes que possui, . A prisão geoestacionária sofre um curto-circuito e Nikopol, inimigo da multinacional Eugenics, é libertado. As vidas destas três personagens vão cruzar-se e afetar outras tantas.
É uma pena, mas este filme não chegou aqui. Quando vi, pela primeira vez foi na TV e peguei do meio em diante. Depois, novamente pela TV, consegui ver na íntegra. Muito interessante todos os efeitos, o visual é demais, o roteiro achei mais ainda. Para os fãs de HQ, que conhecem principalmente o trabalho de Enki Bilal, é mais do que um bom filme, e mais que uma fábula, mostra-nos uma reflexão sobre como o mundo da ciência tal como a conhecemos hoje, pode levar a uma sociedade de castas que dividem e esmagam o ser humano.
Vale ver também o site oficial e um pouquinho do filme

PS. TKS ao amigo Tonyy pela lembrança!