JOHNNY & JUNE
Walk the line, 2005, James Mangold
elenco: Joaquin Phoenix (Johnny Cash), Reese Witherspoon (June Carter), Ginnifer Goodwin, Robert Patrick
Existem determinados filmes, que me faz querer dizer tanto, que acabo me perdendo nas palavras. Fica muito difícil sintetizar, pois cada cena me traduz uma série de coisas que não me parece justo fazer apenas uma sinopse corrida e pronto.
Me desculpem àqueles que me dizem que em blog não se pode se estender tanto, pois fica chato e as pessoas tem pressa e não tem paciência pra ler tanto. Porque Blog é isto-assim-e-assado......Então, vou dizer o seguinte : pode sair agora! OK!! It doesn´t matter! Se você tem pressa, seu lugar não é aqui.
Meu objetivo não é audiência e sim usar dos filmes como lentes pra olhar o mundo, as pessoas, as personalidades que me interessam e me motivam a escrever alguma coisa e buscar mais sobre isto, para poder ir um pouco mais além, e retornar a mim.
Achei verdadeiramente cativante este filme, baseado em "Man in Black" e "Cash: the autobiography" escrito por Johnny Cash. Cantor, rebelde, fora-da-lei, o lendário 'homem de preto', nesta história de vida, que não cobre todos os aspectos, dá um foco maior ao seu relacionamento com June Carter, a jornada dos dois na realidade, recheado de várias boas músicas ao longo do filme.
Walk the line, 2005, James Mangold
elenco: Joaquin Phoenix (Johnny Cash), Reese Witherspoon (June Carter), Ginnifer Goodwin, Robert Patrick
Existem determinados filmes, que me faz querer dizer tanto, que acabo me perdendo nas palavras. Fica muito difícil sintetizar, pois cada cena me traduz uma série de coisas que não me parece justo fazer apenas uma sinopse corrida e pronto.
Me desculpem àqueles que me dizem que em blog não se pode se estender tanto, pois fica chato e as pessoas tem pressa e não tem paciência pra ler tanto. Porque Blog é isto-assim-e-assado......Então, vou dizer o seguinte : pode sair agora! OK!! It doesn´t matter! Se você tem pressa, seu lugar não é aqui.
Meu objetivo não é audiência e sim usar dos filmes como lentes pra olhar o mundo, as pessoas, as personalidades que me interessam e me motivam a escrever alguma coisa e buscar mais sobre isto, para poder ir um pouco mais além, e retornar a mim.
Achei verdadeiramente cativante este filme, baseado em "Man in Black" e "Cash: the autobiography" escrito por Johnny Cash. Cantor, rebelde, fora-da-lei, o lendário 'homem de preto', nesta história de vida, que não cobre todos os aspectos, dá um foco maior ao seu relacionamento com June Carter, a jornada dos dois na realidade, recheado de várias boas músicas ao longo do filme.
A Jukebox de Cash:
- Get rhythm
- You´re my baby
- Rock and roll ruby
- That´s alrght mama
- Jackson
- Cockaine blue
Joaquin Phoenix no papel de Johnny Cash, conseguiu capturar a alma, aquele tipo de força, de inquietude, sensualidade e integridade de Johnny, principalmente o olhar penetrante. Dá para seguir os pensamentos dele, a transição é silenciosa e isto cria uma certa tensão.
Johnny era um artista na sua mais pura essência : arte, alma, espírito, música, guitarra e condições ruins.
Reese, enquanto June Carter, consegue colocar toda a docilidade de espírito e firmeza de caráter e imprimir o gênero "ultracaipira" e ao mesmo tempo sofisticado que tinha June, pois Reese nasceu em Nashville, estudou lá, inclusive. Ambos acabaram dando ao conjunto da obra uma leveza da qual não se vê mímicas, nem imitações, nada forçado.
***
Johnny estava saindo de uma fase negra da sua vida, por volta de 68. O seu primeiro casamento havia acabado, sua voz ficara muito ruim por causa dos remédios. Cancelou shows e foi expulso do Grand Ole Opry. Seu comportamento no estúdio o isolou dos amigos de trabalho. Foi considerado "acabado" por muitos do meio. Ninguém tinha certeza se gravaria novamente. Quando ficou limpo das anfetaminas e começou a retomar sua vida, ele quis anunciar sua volta em um show na prisão. Ele era humilde, sua vida foi difícil desde o começo. Identifica-se com os operários, presidiários, os oprimidos, enfim sentia uma ligação com quem estava na pior. Foi ao Vietnan fazer shows para os soldados. Voltou e foi a uma reserva indígena se apresentar, onde lutavam contra o governo. Ele dizia acreditar nas pessoas, não em idéias. Cantou em várias prisões na década de 50, sentia-se em casa, como ele mesmo dizia.
Há uma canção chamada Folson Prison, em que a letra fala que ele havia atirado em alguém só para vê-lo morrer. Ninguém acreditava que ele havia feito isto, mas as pessoas achavam que ele havia sido preso. Quando ele fez esta canção foi pura criação, ele nunca fora preso nem nunca condenado. Na verdade, ele criou esta lenda pra si. Em uma ocasião, ele foi pego contrabandeando mais de 1000 pílulas de anfetaminas do México para os EUA na caixa da guitarra. Talvez se fosse um mero desconhecido, teria ficado na prisão. Quando ele começou a se recuperar e sair das drogas, falou com a gravadora que queria fazer um disco ao vivo na prisão. Foi algo bastante audacioso. O disco estourou, e este seu "Hit" virou um programa de TV de 69 a 71, e nele recebia pessoas como Bob Dylan, Neil Young, James Taylor e pessoas que normalmente não passariam por Nashville. Na época muita gente estava contra o rock´n´roll e Cash acabou juntando as duas coisas. Ele cantava sua música, mas com um posiocionamento rebelde. Atraiu uma audiência de fãs do rock e naquela época, a Nação estava dividida, as gerações estavam se enfrentando, culturalmente Cash estava superando estas diferenças políticas, de gerações, artísticas, dizendo "Essas pessoas importam, podemos ter algo em comum na arte". Folsom Prison tornou-se a maior expressão, não só para a country music mas para a música americana. Isto o trouxe de volta e o colocou na frente de tudo.
Ring of fire
Johnny e June se entendiam de uma forma que ninguém mais conseguia. Diziam que eram almas gêmeas. June já cantava e ele já era seu fã antes de se conhecerem. Em Nashville, ele a conheceu quando foi assistir ao show da família Carter e se apaixonou na hora. Depois viram-se nos bastidores de um espetáculo em comum e ele lhe disse "Um dia vou me casar com você" . Nos anos 60, os Carter sairam em turnê com Cash, e algo entre eles começou a acontecer. Ele exigiu do agente que a contratasse para a turnê e foi assim que ele se aproximou mais dela. Ele sabia que ela seria uma ótima parceira em dueto e pediu que cantasse com ele. Ele acabou aprendendo muito com ela sobre palco, a interpretar e como se apresentar. Criaram grandes canções. Se apaixonaram durante a turnê . No início do relacionamento foi ele se aproximando dela e ela recuando, mas depois se aproximando. Ela sentia-se relutante, pois era casada e ele também. June sabia que era como fogo e gasolina. Uma combinação perigosa. Assim surgiu a canção composta por ela : Ring of fire, era sobre o desejo que sentia por Cash e como isso a consumia. Era algo que ela queria mas não podia ter. Doía.
Os 2 tentavam controlar o romance e Johnny tentava também controlar o vício. Tomava anfetaminas pra tocar, sentia-se mais confiante no palco, o que logo seria excessivo e destrutivo. Este fator era algo que também fazia June não querer envolvimento com ele.
June era a única pessoa que entendia a batalha que ele lutava e sabia o que era preciso fazer para apoiá-lo. Johnny lutava contra seus demônios e June era a arma contra eles.
Johnny conseguiu uma superação, que comoveu amigos e parentes, ele percebeu o que seu lado louco fazia e decidiu mudar com a ajuda de June. Ela salvou sua vida de várias maneiras, física e emocionalmente. Ele deixou o vício e casaram-se e tiveram um filho. Ela era totalmente devotada a ele. Ela nascera numa família que praticamente inventou a 'country music' , poderia ter tido uma carreira solo, mas sempre quis ficar em segundo plano para Johnny. A carreira dela era manter Johnny na linha.
A história deles é linda!
Vê aí os vídeos, muito bacana.
Um comentário:
adorei a idéia do filme...excelente!!!!!!
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