NÓS QUE AQUI ESTAMOS, POR VÓS ESPERAMOS
Marcelo Masagão, 1999
24/06/2008
FILMES E PSICANÁLISE...cont...
20/06/2008
CINEMA MUDO
O HOMEM DAS NOVIDADES
The Cameraman, 1928
Buster Keaton
CINEMA MUDO
METRÓPOLIS
Metropolis
Fritz Lang, 1927
****
A versão original lançada em 1927, com cerca de duas horas e meia não existe mais.
Para o lançamento nos EUA, ainda na década de 20, várias cenas foram cortadas não por censura, mas pelo filme ser considerado longo demais. A estória ficou difícil de entender e muitas cenas desapareceram para sempre.
A versão restaurada por Giorgio Moroder, lançada em 1984, com 80 minutos, colorida por computador, com efeitos sonoros e com a inserção de uma trilha sonora mais moderna;
A versão restaurada lançada em 1995 pelo Filmmuseum Munich, em preto-e-branco com trilha sonora baseada na trilha original;
Uma versão de 139 minutos, que no Brasil foi lançada pela Continental Home Video. É uma das versões mais longas e na realidade a mais incompleta de todas. O filme é simplesmente exibido em velocidade muito lenta. Faltam inúmeras cenas, a qualidade das imagens é péssima e a trilha sonora nada tem a ver com o filme.
A versão mais completa de todas, restaurada digitalmente, lançada em 2003 pela Kino International.
Veja o site :
às 6/20/2008 10:45:00 AM 0 comentários
Marcadores: Cinema Mudo, Ficção Científica, Filmes e Psicanálise, Metrópolis
FILMES E PSICANÁLISE...cont...
MR. JONES
Mr. Jones
Mike Figgis, 1993
Eu gostaria de comentar sobre este filme, mas antes quero registrar pra mim o porque lembrei dele.
MAS VEJA
Obs.: Este parágrafo é uma referência minha pra mim mesma, são associações apenas, que não devem ser interessantes a quem lê, mas fica mais fácil pra mim deixá-las aqui. Se quiser pular para o filme em si, siga no parágrafo seguinte...ok!
às 6/20/2008 12:09:00 AM 0 comentários
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18/06/2008
FILMES E PSICANÁLISE...cont...
PRIMAVERA, VERÃO, OUTONO, INVERNO...E PRIMAVERA
Quando dito aqui "apenas guardião à tradição", aqui "tradição" - embora formalmente correto - pode pecar por mais uma vez a linguagem ocidental estar impregnada de interpretações simplistas. A "tradição" aqui é tudo: é a vida, é a morte, são os valores a transmitir, é "tudo" o que possamos referir.
12/06/2008
05/06/2008
FILMES E PSICANÁLISE...cont...
A ÚLTIMA TEMPESTADE
(Prospero's Book, 1991)
Peter Greenaway
Sinopse: é uma tradução da obra de Shakespeare e seu roteiro segue à trama, características e textos originais, no qual Próspero, duque de Milão, após 20 anos de exílio forçado numa ilha distante com sua filha, planeja uma vingança para em seguida poder se reconciliar com seus inimigos. Um dia Próspero imagina que uma tempestade muito forte trará todos os seus inimigos para a ilha. O sonho se transforma em realidade e tais inimigos são materializados como criaturas mitológicas. Próspero inventa diálogos e idéias para estes inimigos, mas aos poucos estes fogem do seu controle e Alonso, como inimigo, trama contra ele, usando os bobos Trinculo e Stephano. O filme procura enfatizar e celebrar o texto com toda a magia, ilusão e decepção em que a peça é baseada. Palavras, fazendo textos, que formam páginas e resultam em livros de onde todo o conhecimento é extraído de forma ilustrada. Esta é a razão de se intitular A ÙLTIMA TEMPESTADE.
Prospero está em sua banheira "fabricando" a tempestade que irá abater o barco em que viaja Alonso, rei de Nápoles, com seu filho, Ferdinando e sua corte. E, como a tempestade, todas as imagens do filme surgem a partir do tinteiro de Próspero, como se ele as fosse tirando, magicamente, dali. Entremeado à narrativa feita pelo próprio Próspero, ele escreve em seu livro sua vingança e ao mesmo tempo que comenta os livros dos quais ele pôde levar para o exílio.
Começando pelo Livro das Águas, o qual ganhou de presente de casamento dos duques Milaneses, cheio de desenhos investigativos e de textos explanatórios, escrito em muitos papéis diferentes e cada desenho com uma associação aquosa concebível : mares, tempestades, correntes, canais, lágrimas. Conforme as páginas são viradas, balançam e tempestades que se lançam.
Próspero pode ser visualizado em uma piscina romana, escrevendo e recitando a palavra ‘Boatswain’ (contramestre), que pertence a uma das falas de A Tempestade. O diálogo entre os tripulantes no momento da tempestade é suprimido e suas falas só podem ser ouvidas mescladas à fala de Próspero. Além disso, cenas de um barco à deriva são sugeridas, primeiramente, através de uma ilustração em movimento contida no livro. Logo depois, o cineasta mostra um barco no meio de uma tempestade que, depois de um corte, aparece nas mãos de Próspero, como se fosse um brinquedo e, em seguida, é colocado na água.
[como é difícil escrever sobre este filme...Meldels!]
Através de enquadramentos inusitados que sugerem a simultaneidade de acontecimentos: vê-se o barco à deriva, em conseqüência da urina de Ariel (espírito do ar que serve a Próspero), enquanto outros eventos são percebidos por trás dessa cena. Cenas são intercaladas por 24 livros, as quais iniciaram-se com o Livro das àguas e cada um deles faz referências ao conhecimento humanístico da Renascença, fazendo uma rica relação com Shakespeare e nossa era. Mas estes livros são abertos em determinados episódios , estabelecendo assim um diálogo entre estes, as cenas e os textos.
[Mas não vi nenhuma referência aos livros da Bíblia, apesar de me remeter logo no ínico, pelas águas, ao Gênesis...os 24 anciões circunvizinhos ao trono de Deus no Livro de Revelação.]
Ainda falando do episódio inicial do filme, pelo fato deste trecho condensar vários recursos cinematográficos, marcando a grande expressividade visual. Além disso, essa cena é também significativa no que diz respeito à temática da peça, que pode ser relacionada à questão do poder, ao sobrenatural e ao desejo de vingança do personagem principal.
Na primeira cena da peça, vemos Alonso, o rei de Nápoles, que retorna, por mar, do casamento de sua filha Claribel com o rei da Tunísia. Acompanham-no vários nobres: Gonzalo (um honesto conselheiro), Antônio (o irmão de Prospero que usurpou seu ducado), Ferdinando (filho do rei de Nápoles), Sebastião (irmão do rei de Nápoles), Adriano e Francisco (lordes), Estéfano (o despenseiro bêbado) e Trínculo (o bobo da corte). No meio da viagem, entretanto, uma terrível e incontrolável tempestade alcança a embarcação, o que provoca pânico e pavor em todos. Ao fim, o mau tempo faz a embarcação naufragar e todos os tripulantes vão terminar na ilha mágica de Próspero. O segundo Livro dos Espelhos, que nos fala do duplo, com suas páginas espelhadas, brilhantes, algumas opacas outras translúcidas, algumas de papel prateado outras cobertas com uma película de mercúrio. Alguns espelhos refletem o leitor, outros refletem como o leitor será no futuro, como seria se fosse uma criança, um monstro ou um anjo. São os 2 livros principais, inciais à história, pois onde temos o abuso de enquadramentos inusitados e sobreposições (ou superposições) de imagens na cena inicial. Como diretor de vanguarda, uma de suas características é “chocar” a audiência, provoca, certamente, uma atitude polêmica devido às suas cenas bizarras, com citações complexas em destaque.” É isto precisamente o que ele consegue com sua tempestade de palavras, ruídos, sons e, principalmente, de imagens e cores, usadas com intensidade na cena inicial.
Esses recursos são utilizados quando se quer tratar de acontecimentos simultâneos, ou simplesmente como efeito artístico, possibilitado pela manipulação de imagens. Ambos contribuem para o visual denso do filme em que imagens são, ao mesmo tempo, parte de um espetáculo visual renascentista e também parte de um intrincado conjunto com muitos significados.
A mesclagem de vozes e as palavras materializadas graficamente na tela demonstra as relações de poder existentes na peça. Próspero é o única que possui o conhecimento; assim, a palavra, escrita por ele e materializada na tela, simboliza sua superioridade. Além disso, Próspero tem sua voz mesclada à das outras personagens da peça, porém sempre se sobressaindo às demais. Este é como um sinal do poderio de Próspero, que controla as pessoas e os acontecimentos através de sua magia e conhecimento. Ao apropriar-se, através da mesclagem de vozes, do diálogo das outras personagens, o poder da manipulação de Próspero alcança seu ponto culminante.
Marcadores: A Última Tempestade, Filmes e Psicanálise
03/06/2008
FILMES E PSICANÁLISE...cont...
elenco: James Spader (Dr. E. Edward Grey), Maggie Gyllenhaal (Lee Holloway, a secretária), Jeremy Davies (Peter), Lesley Ann Warren (Joan Holloway), Stephen McHattie (Burt Holloway), Patrick Bauchau (Dr. Twardon), Jessica Tuck (Tricia O'Connor), Oz Perkins (Jonathan), Amy Locane (irmã de Lee), Mary Joy (Sylvia), Michael Mantell (Stewart), Lily Knight (Paralegal)
A simbiose da ironia e desespero vistos, mostra-nos por meio da tomada final de Lee, um olhar para a camêra, que de forma alguma é de uma pessoa realizada. Há uma conformação e tristeza neste casamento perfeito de dominante e dominado, que não é vista com alegria, mas com uma pontada de desesperança. Se há uma patologia, não é dos personagens, mas da sociedade e das relações, as quais ela impõe.
Marcadores: Filmes e Psicanálise, Secretária
01/06/2008
FILMES E QUADRINHOS
PS. TKS ao amigo Tonyy pela lembrança!
Marcadores: Ficção Científica, Filmes e Psicanálise, HQ, IMMORTEL